Na complexa e muitas vezes emocionalmente carregada questão do divórcio, a partilha de bens pode ser uma fonte significativa de conflito e confusão. Infelizmente, mesmo em cenários onde o divórcio parece consensual, há um número considerável de casos onde uma das partes pode se sentir injustiçada, ou até mesmo ser vítima de artimanhas que resultam em uma distribuição desigual dos bens comuns. Tal situação é surpreendentemente comum, tornando-se crucial um olhar atento e cauteloso para as nuances envolvidas nesse processo.
Esse artigo visa abordar os cuidados necessários na partilha de bens durante um processo de divórcio para garantir que nenhuma das partes seja enganada ou saia em prejuízo. Abordaremos situações e condutas que exigem atenção redobrada, com o objetivo de orientar os envolvidos sobre como proceder de maneira justa e equitativa, e assim, evitar potenciais prejuízos financeiros e emocionais.
Na sequência do texto, detalharemos as principais armadilhas a serem evitadas, bem como dicas de como identificar comportamentos suspeitos e o que fazer nesses casos. Com a informação correta e a orientação adequada, é possível navegar por este delicado processo com mais segurança, garantindo que os direitos de todos sejam devidamente respeitados e protegidos. Por mais desafiador que seja, é essencial lembrar que um divórcio justo e equânime é possível e deve ser sempre o objetivo a ser alcançado.
Ninguém se casa pensando no divórcio. Porém, por uma série de fatores, é inegável que para muitos, divorciar-se é a melhor saída na vida do casal.
Quando o relacionamento chega nesse estágio, o ideal é não olhar para trás. É preciso seguir firme, escutando a voz da razão e silenciando a voz da emoção.
Ocorre que nessa hora, muitos tentam insistir num relacionamento que, no fundo, sabem que já acabou faz tempo.
Esse prolongamento indevido é a raiz de muitos males, como brigas e discussões mais afloradas, muitas vezes seguidas de agressões verbais e físicas. Além disso, é aqui que muitos tentam ocultar o patrimônio sorrateiramente.
Então, se você está passando por isso nesse momento, tome uma decisão racional e não emocional. Em seguida, siga firme e faça o que precisa ser feito.
Nesse post vamos falar sobre os cuidados que você precisa tomar em relação à partilha de bens, no momento do seu divórcio.
Sem dúvidas, a melhor forma de solucionar uma partilha de bens é por meio de um acordo entre o ex-casal, porém, não é por causa disso que você deve aceitar qualquer proposta.
É muito comum que alguém tente levar vantagem nessa hora, pressionando, ainda que sutilmente, para que você assine o acordo.
Utilizam de argumentos persuasivos, aproveitando-se de seu estado emocional, para convencer você de que essa é a melhor escolha.
Além disso, é preciso ter cuidado com algumas cláusulas maliciosas que podem ser colocadas no documento.
Pois, depois que você assina o acordo sobre a partilha de bens, modificá-lo nem sempre será possível, e quando for, ainda sim não será fácil.
É isso mesmo. É muito comum que algumas pessoas coloquem bens em nome de terceiros, seja para fraudar o divórcio ou por outros motivos.
Quando chega o momento do divórcio, você escuta que esses bens não vão ser partilhados, pois estão em nome de outras pessoas.
Às vezes, até mesmo advogados dizem isso para você.
A verdade é que, embora os bens em nome de terceiros não possam ser partilhados no mesmo processo de divórcio, os mesmos podem fazer parte de uma outra ação judicial, buscando a sua partilha.
Logo, como dito acima, eles podem ser partilhados.
Porém, por não ser um procedimento judicial simples, é necessário que o profissional que irá cuidar do seu divórcio tenha habilidade para conseguir comprovar a propriedade desse bem.
Independentemente de qual seja o seu regime de bens, é possível que nem todo o patrimônio do casal seja partilhado, pois todos os regimes possuem suas exceções.
Ou seja, mesmo que o seu casamento seja pelo regime da comunhão universal de bens, pode ser que nem tudo venha a ser dividido no divórcio.
Na comunhão parcial, por exemplo, que é o regime legal no Brasil, bens recebidos em doação ou herança não são partilhados.
É muito comum a aquisição de bens financiados nos dias de hoje.
Perceba que esses bens somente passam a fazer parte do patrimônio das partes, após a devida quitação do financiamento.
Antes disso, eles pertencem ao banco, enquanto que vocês possuem direitos sobre ele. Pois bem, esses direitos devem ser devidamente quantificados e somente depois serão partilhados.
Porém, existem outras questões que precisam ser resolvidas, como a responsabilidade pelas parcelas seguintes, por exemplo.
Então é preciso ter atenção em relação a esses bens e direitos.
Quando se está partilhando os bens, muitas vezes as dívidas do casal são deixadas de lado. Há uma preocupação tão grande em dividir o patrimônio, que se esquecem de olhar para o passivo.
Como consequência, é possível que alguma das partes pague sozinha pela dívida que é de ambos, pois estava somente em seu nome.
De modo contrário, também é comum que tente-se “empurrar” todas as dívidas nesse momento, com a intenção de que o valor a ser dividido seja diluído pelos débitos.
Isso é um erro, pois não são todas as dívidas que devem ser partilhadas.
Logo, nem se pode esquecer de incluir as dívidas, bem como não se pode incluir todas elas.
Somente devem ser partilhadas aquelas que comprovadamente foram contraídas em prol da família.
Essa exigência, por sua vez, demanda habilidade do profissional que vai acompanhar seu caso, seja para incluir ou para retirar determinadas dívidas, fazendo isso com as provas e os meios adequados.
Se você leu até aqui, com certeza percebeu que fazer a partilha de bens não é algo tão simples, pois existem uma série de detalhes que devem ser observados com muita atenção.
Um simples erro pode gerar um prejuízo financeiro enorme. Isso sem contar o dano emocional que pode causar em você.
Então, tenha muito critério no momento da escolha do seu advogado.
Se você está passando por essa situação, não espere muito para tomar uma atitude.
Enquanto você espera, o patrimônio do casal pode estar sendo ocultado (é mais comum do que você imagina), bem como podem estar sendo produzidas provas em seu desfavor, ou mesmo destruídas em seu prejuízo.
Não pague para ver o quanto o dinheiro mexe com a cabeça das pessoas.
Se tiver interesse em conversar com um advogado especialista sobre o assunto, clique no botão abaixo.
DISCLAIMER
Todos os direitos reservados a Lady Viana Advocacia. Este site não presta nenhum serviço público ou governamental. Somos um escritório de advocacia e prestamos exclusivamente serviços jurídicos de forma particular. Além disso, não induzimos ou promovemos a judicialização ou fomentamos conflitos familiares ou de qualquer outra ordem. Todas as nossas orientações possuem fundamentação jurídica. Por fim, declaramos que este site não é afiliado ao Google ou Facebook ou a qualquer entidade do Google ou Facebook e que todas as informações constantes neste site são de nossa exclusiva responsabilidade.